Redes sociais, mídias e os perigos nas relações entre professores e alunos
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Redes sociais, mídias e os perigos nas relações entre professores e alunos

Data da publicação: 07/11/2022

Jéssica Carvalho e Marcelo Penna*

As nossas redes sociais são nosso cartão de visita em vários sentidos. Nelas, expomos nossos ideais, gostos, inclinações religiosas, direcionamentos políticos etc. Para além de sites mais famosos e convencionais como, YouTube, Instagram, Facebook, Twitter e etc, temos inúmeras outras fontes onde é possível verificar como professores se comportam na Internet e tal conhecimento é essencial para manter seus alunos seguros.

A necessidade de conhecer e acompanhar este comportamento de professores nas redes sociais é um ponto de atenção, vez que os docentes possuem ampla responsabilidade na formação de crianças e adolescentes e são vistos por estes como exemplo e fonte de sabedoria. Somado a isto, a atual geração – nascida e criada em um mundo ávido por informações – localiza facilmente qualquer tipo de conteúdo. Ademais, tal situação ainda ganha um agente a mais, que são os pais vigilantes em saber o que seus filhos andam consumindo e aprendendo. Então, é fácil imaginar que este acesso imediato aos perfis dos educadores pode gerar diversas consequências, o que faz necessário antecipar o referido conteúdo.

A análise se torna ainda mais essencial quando tratamos das diversas escolas bilíngues no país, que costumam avaliar a contratação de professores estrangeiros para seus cargos. Por consequência, esta análise midiática também deve incluir o país de origem destes profissionais. Além das redes sociais como Facebook, Instagram e Youtube, por exemplo, serem amplamente utilizados no mundo inteiro, há também websites que possuem mais aderência em países específicos, como é o caso do Reddit, rede social vastamente utilizada nos Estados Unidos, mas que, no Brasil, ainda não chega a ter um número significativo de usuários, como foi o caso do TikTok. Por isso, é imprescindível que as buscas sejam realizadas com assertividade e com o direcionamento necessário de acordo com sua naturalidade.

Importante ressaltar que a análise não deve possuir cunho discriminatório quanto aos temas expostos. Todas as pessoas são livres para expressar suas ideias e posicionamentos, desde que tais não ensejem em crimes. A preocupação principal é como isto chega aos alunos. Sendo assim, a problemática não é se posicionar acerca de temas polêmicos, mas o modo que é feito (discursos de ódio, acusando pessoas que não pensam da mesma forma, por exemplo).

Além disso, demais análises, como sua trajetória profissional e acadêmica, checar seu comportamento anterior nas salas de aula com os alunos; bem como demais professores, podem tornar a contratação mais segura.

Cabe, também, averiguar o histórico de envolvimento que estes profissionais possuem com o setor público. Se já foram funcionários públicos ou possuem algum vínculo público que possam comprometer de algum modo a integridade e a impessoalidade do professor.

Como visto, há diversas frentes necessárias para analisar um candidato a professor em uma escola. A necessidade de estar ciente dos riscos de tal contratação é crucial para manter a reputação de uma escola, onde toda e qualquer falha profissional toma proporções maiores que qualquer tipo de empresa, tendo em vista o tamanho da responsabilidade que as unidades educacionais possuem perante a sociedade.

*Jessica Carvalho e Marcela Penna são Consultoras de inteligência corporativa OSINT da Aliant.

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