Da ideia até o IPO: 4 situações em que a due diligence pode ajudar sua startup
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Da ideia até o IPO: 4 situações em que a due diligence pode ajudar sua startup

Data da publicação: 17/08/2022
Por Pedro César Sousa Oliveira

Imagine o seguinte cenário: após ter a ideia de montar seu negócio escalável, somar esforços com seus sócios que toparam estruturar a primeira versão do seu produto e já ter o primeiro plano de trabalho estruturado, finalmente começa: sua startup inicia as atividades.

O caminho até a primeira rodada de investimentos pode ser longo, mas o potencial do produto e da equipe prometem. Todos os indícios apontam que logo se tornarão um unicórnio.

Contudo, como os empreendedores mais experientes já sabem, de pouquíssimas flores é feita essa jornada até o sucesso. Sua empresa recém-criada precisa de uma série de cuidados até a concretização do sucesso e aqui destacamos uma essencial: a due diligence.

Listamos 4 tópicos onde esses 4 elementos são essenciais para que sua jornada até o IPO não vire uma dor de cabeça interminável.

1 – Diga-me com quem andas…

Em primeiro lugar, seus sócios (e a sua relação com eles) merece um cuidado especial.

Mesmo que seu time inicial tenha sido escolhido a dedo, boa parte dos empreendedores não visualiza todos os campos que devem ser protegidos e não realizam uma busca aprofundada o suficiente.

Nesse cenário, um background check mapeia os mais diferentes riscos que podem gerar fatores de pressão ou condutas desabonadoras (e até mesmo ilícitas) que o board inicial da empresa pode ter cometido.

Além de coletar e tratar as informações em fontes abertas com foco em fatos pretéritos, existe a possibilidade da realização de uma entrevista de compliance individual visando traçar uma matriz dos valores e decisões que um potencial sócio afirmaria que tomaria, por entendê-las mais adequadas ou “corretas” em certos cenários.

Por meio dela, é possível identificar a percepção e posicionamento do sócio diante de ameaças corporativas, bem como o que motiva sua tomada de decisão diante de dilemas éticos.

2 – Nem só de anjos vive o mundo dos Investidores

Seus primeiros investidores serão parte essencial da construção do seu negócio, considerando que tomarão mais riscos e, por consequente, poderão desfrutar de boa parcela do seu sucesso.

Contudo, não se deve partir do pressuposto que todos os investidores-anjo são bem-intencionados e profissionais no ramo de investimentos.

É necessária a realização de uma investigação prévia sobre como se saíram os negócios anteriormente investidos pela pessoa física/jurídica que demonstrou interesse no seu. Foram vítimas de golpes ou reclamações? A saída deles foi realizada de maneira harmoniosa e de comum acordo?

Além dessa análise reputacional, também é necessária a análise regulatória: todos os documentos do fundo de investimento estão em dia? As licenças (da empresa e dos sócios) está vigente e de acordo com as atividades que eles desempenham?

Tais questões são essenciais para que faça sentido esse investimento a médio-longo prazo.

3 – Seus fornecedores podem te dar muita coisa, inclusive uma dor de cabeça

As relações comerciais fazem parte de uma empresa desde o momento em que ela nasce. Seja com aluguel de escritórios ou com terceirização de mão-de-obra, contar com fornecedores confiáveis é essencial para o bom desenvolvimento do negócio.

Desde avaliações quanto à legalidade da atividade, conformidade com os órgãos públicos e adesão às práticas ESG, a due diligence pode ajudar a evitar condutas que frustrem a relação comercial ou, se inconciliáveis, não permitir o início de um negócio que traria problemas (e não soluções).

Tal análise ganha especial importância se a sua startup pretende negociar com outros empreendimentos emergentes ou possuir parceiros internacionais. Do lado dos negócios iniciantes, a problemática principal é que, em razão do pouco tempo de mercado, eles podem não possuir informações perceptíveis a um olhar não treinado. Já do lado dos negócios estrangeiros, torna-se necessário investigar a existência de mídias desabonadoras nos meios de comunicações locais daquela empresa e de seus sócios.

4 – Muita atenção com parceiros e “influencers”

Nenhuma empresa cresce sem ser conhecida, certo? E, embora seja consenso a eficácia da estratégia de marketing de influenciadores, a seleção de representantes da sua marca deve ser feita com atenção em diferentes fatores.

Em primeiro lugar, a análise reputacional do influencer. Como, historicamente, ele se posiciona nos seus stories? O público dele espera que ele faça/fale algo polêmico? Ou ele costuma opinar sobre assuntos políticos em desacordo com a política interna da empresa?

Todos esses questionamentos, caso não sejam respondidos, podem gerar um desalinhamento de expectativas e, em casos mais graves, problemas no futuro para o seu produto, considerando que a imagem de um fica atrelado ao outro.

Para todas essas situações, e outras que podem surgir com o tempo, a Aliant conta com um time de profissionais destinados a mapear os potenciais riscos do seu negócio de modo eficaz, sigiloso e pelo melhor custo-benefício. Oferecemos soluções de entrevistas de Compliance Individual, Inteligência em Fontes Abertas (OSINT) entre outros produtos customizáveis.

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Pedro César Sousa Oliveira

Pedro César Sousa Oliveira

Bacharel em Direito e Advogado. Realiza pesquisas em Compliance na Aliant e conta com experiência no levantamento de informações (Background Check e Due Diligence), e possui artigos e livros no tema.

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