Segurança Familiar: como proteger a rotina de crianças e adolescentes na internet 
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Segurança Familiar: como proteger a rotina de crianças e adolescentes na internet 

Data da publicação: 13/06/2023

Zelar pela segurança familiar sempre foi a prioridade de pais e responsáveis. Porém, com a chegada da internet essa é uma missão cada vez mais difícil, principalmente quando falamos de crianças e adolescentes que estão sempre muito expostos aos perigos das redes digitais.  

Mesmo que seja um tema ventilado em diferentes fóruns, a maioria dos responsáveis possuem dificuldade para compreender a dimensão da exposição ao risco e, consequentemente, quais medidas podem ser tomadas para que haja uma mitigação deles. Considerando que um delito pode começar virtual e torna-se físico, por meio de venda de informações e chantagens, a complexidade da necessidade de proteção tem aumentado nos últimos anos.  

Nesse artigo, vamos falar sobre três principais pontos:  

  • Como evitar a exposição indevida dos filhos na internet? 
  • Atenção, escolas podem ser alvos preferidos de cybercriminosos 
  • Como aumentar a segurança familiar e proteger crianças e adolescentes? 

Como evitar a exposição indevida dos filhos na internet? 

Medidas em prol da segurança familiar, assim como tantos outros cuidados, devem começar na própria residência.  Iniciar conversas francas e regulares com os filhos sobre os perigos da internet é fundamental. É preciso educá-los sobre a importância de não compartilhar informações pessoais, como nome completo, endereço, telefone e dados bancários, com estranhos online.  

Essa parte educacional deve abranger a instrução sobre senhas fortes e seguranças, bem como explicar aos filhos (especialmente adolescentes) os riscos de clicar em links suspeitos, fornecer informações pessoais em respostas a e-mails ou manter conversas pessoais com estranhos em chats – especialmente os de jogos multiplayers.  

No entanto, o ensino também deve estar acompanhado da utilização de recursos de controle parental nos dispositivos utilizados. Isso permite limitar o acesso a conteúdos inadequados, monitorar atividades online e definir restrições de tempo de uso. As redes sociais, por exemplo, representam uma dificuldade a parte e por isso devem possuir um cuidado especial, uma vez que é importante uma instrução mais detalhada.  

Deve-se monitorar em postagens, possíveis informações que possam expor a casa ou a rotina familiar nas redes sociais ou sites de compras online, bem como entender o que está sendo discutido em plataformas sociais para jogos (como o Discord).  

Fotos ou vídeos com detalhes como número da residência, placas de carro, informações fornecidas durante uma partida ou horários de saída podem ser utilizados por criminosos para fins ilícitos. Por parte de plataformas de compras online pouco conhecidas/utilizadas, podem acontecer ataques aos seus servidores.  

Atenção, escolas podem ser alvos preferidos de cybercriminosos 

Se no ambiente doméstico, onde existe um maior nível de previsibilidade, manter-se seguro não é uma tarefa fácil; no ambiente escolar pode ser ainda mais complexo. Isso acontece, pois, informações podem ser expostas acidentalmente ou intencionalmente, o que pode resultar em sérios riscos e vulnerabilidades para a instituição, seus alunos, funcionários e demais partes interessadas. 

Uma das áreas em que essas vulnerabilidades podem ocorrer é através de fotos ou imagens compartilhadas por escolas em sites ou redes sociais. Fotos que mostram o posicionamento de câmeras de segurança, portões de acesso, rotinas da escola, entre outros detalhes, podem fornecer informações valiosas a indivíduos mal-intencionados que possam tentar acessar a escola de forma não autorizada. Essas imagens podem ser exploradas para planejar ataques ações criminosas que podem colocar em risco a vida dos envolvidos. 

Outra vulnerabilidade pode ser a divulgação indevida de informações sobre a lista de funcionários internos da escola. Essas informações podem incluir: 

  • Nomes;  
  • Cargos;  
  • Números de telefone;
  • detalhes financeiros, o que pode ser útil para indivíduos que buscam corromper funcionários ou obter acesso indevido a informações confidenciais da escola.  

A divulgação de horários e rotinas da escola também pode ser uma fonte significativa de vulnerabilidades. Essas informações, se expostas, podem tornar a instituição mais suscetível a ameaças.  

Como aumentar a segurança familiar e proteger crianças e adolescentes? 

As vulnerabilidades de informações em escolas representam riscos significativos para a segurança e privacidade da instituição e de sua comunidade educacional. É fundamental que as escolas estejam cientes dessas vulnerabilidades e implementem medidas adequadas de proteção de informações, como a revisão de fotos ou imagens compartilhadas publicamente, a restrição do acesso a informações sensíveis apenas a pessoal autorizado, a divulgação de horários internamente, o aprofundamento sobre funcionários e colaboradores, e a adoção de práticas de segurança robustas para garantir a confidencialidade e integridade das informações da escola. 

Além disso, é fundamental que promovam a conscientização e a educação sobre a importância da proteção de informações sensíveis, tanto entre seus funcionários, quanto entre os alunos e seus responsáveis. Isso pode incluir treinamentos, orientações e políticas claras de proteção de informações, bem como a promoção de uma cultura de segurança e privacidade em toda a comunidade escolar. 

Esse material foi produzido por Amanda Barbosa Luna e Leonardo Mazzei da equipe de Contrainteligência, e Pedro César Sousa Oliveira da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Aliant 

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